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Indicação dos implantes

[heading header_type=”h2″ header_weight=”bold”]VOCÊ SABIA QUE…[/heading]

A indicação do modelo de implante está relacionada ao tipo de osso (tipos I, II, III ou IV), situação clínica (alvéolo cicatrizado, também chamado de instalação tardia OU alvéolo fresco, também chamado de instalação imediata) e desenho do implante (cilíndrico ou cônico)?

A correta eleição do modelo facilita a instalação, a estabilidade primária e, por consequência, o índice de sucesso dos tratamentos. Para ajudar nossos clientes, pensamos em facilitar a seleção do implante com esse quadro. E aí, vamos instalar com a melhor indicação e deixar nossos clientes sorrindo mais?

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Intraoss: Fazendo igual, de uma forma totalmente diferente

Jovem e ousada, a empresa tem objetivo de preservar a qualidade dos implantes praticando preços mais baixos no mercado.

O desenvolvimento de novos produtos não é a vocação da IntraOss, já avisaram os fundadores da empresa. Apostando no aprimoramento do processo de manufatura, eles pretendem conquistar espaço no mercado de implantes e comercializar grandes volumes a preços competitivos.

Para a IntraOss, a fabricação dos implantes deve seguir a filosofia do “fazer igual, de uma forma totalmente diferente”, da qual a empresa se orgulha. Na prática, significa que a empresa se empenha em produzir os melhores modelos de implante disponíveis no mercado. E mesmo praticando preços bem mais baixos, a empresa defende a preservação da qualidade dos implantes acima de tudo.

A equipe da ImplantNews foi até Itaquaquecetuba para conhecer melhor os planos dessa jovem e ousada empresa. Confira a entrevista com Ricardo Rodrigues, Wladimir Estanquiere, Iara Oliveira e Edson Sinnes.

ImplantNews – Gostaríamos que vocês começassem falando um pouco sobre a origem da IntraOss e sobre como ela começou a ficar mais conhecida no mercado, recentemente.
Ricardo Rodrigues – A IntraOss surgiu a partir de uma rara combinação de fatores que nos uniu há seis anos. A oportunidade surgiu quando o mercado nos abriu uma porta. Eu venho da área farmacêutica e pude observar lá alguns fenômenos que estão se repetindo hoje na Implantodontia. Essa experiência nos mostra que o primeiro ciclo da indústria brasileira de implantes está se encerrando, que é o ciclo das aquisições e fusões. Neste período, cada fundador administrou sua empresa segundo sua visão particular e fez o seu lucro. Uns mais, outros menos. A partir de então, alguns fundadores estão conseguindo negociar suas empresas com êxito.
O que nos chamou a atenção é que essas aquisições são sempre marcadas por uma quebra muito grande de aderência de clientes. Nós sabíamos que isso ia acontecer, porque já observamos esse mesmo fenômeno no mercado farmacêutico. Então, percebemos a oportunidade. Passamos a ter certeza de que estávamos no caminho certo quando encontramos um grande número de clientes insatisfeitos, procurando por fornecedores no mercado. Diante dessa oportunidade, eu percebi que estava perto de pessoas que conheciam muito bem esse mercado, sendo que cada um possuía expertise em uma área diferente. Como eu disse no início, era uma combinação muito rara de fatores. Foi assim que surgiu, em 2008, a sociedade que deu início à IntraOss, comigo, com a Iara Oliveira, que hoje é a nossa diretora comercial, com o Wladimir Estanquiere, que é o diretor industrial e com o Edson Sinnes, nosso responsável técnico.

Fundadores e diretores da IntraOss. A partir da esquerda, Dr. Edson Sinnes, responsável técnico,Wladimir Estanquiere, diretor industrial, Iara Oliveira, diretora comercial e Ricardo Rodrigues, diretor executivo.

ImplantNews – Se a iniciativa de criar a IntraOss surgiu há mais de seis anos, por que vocês só ficaram conhecidos no mercado mais recentemente?

Ricardo – Hoje em dia, o período de validação de um produto pelos órgãos legais pode levar mais de cinco anos. O prazo é realmente muito extenso, mas é o único caminho a ser seguido, uma vez que é o procedimento correto para se lançar um produto no mercado na área de saúde. Nós somos muito rigorosos com relação a isso. Por isso, ficamos fora do mercado durante todo esse período. Nossa estimativa inicial era de que o processo demoraria cerca de três anos, mas o governo nos mostrou que demoraria muito mais. Já que fomos obrigados a refazer nosso planejamento, decidimos tirar proveito dessa situação. Ao invés de jogar esse tempo fora, nossa equipe se empenhou no aprimoramento do projeto.

ImplantNews – Foram cinco anos sem vender um implante sequer?
Ricardo – Não vendemos nenhum implante antes da validação. Nenhum! E, posso dizer, fomos muito assediados nesse sentido. Nosso posicionamento sempre foi muito claro: não colocaríamos nenhum implante para fora da fábrica enquanto não estivéssemos regulados. Nós seguimos a regra à risca e nos orgulhamos disso. Acreditamos que esse é o nosso primeiro diferencial em relação a todas as outras empresas que estão no mercado, porque nenhuma cumpriu esse período de espera com tanto zelo quanto a IntraOss.
Edson Sinnes – Muitas empresas aproveitaram esse tempo para comercializar componentes protéticos. Nós também recusamos esse caminho.
Ricardo – É por isso que podemos afirmar sem medo que a IntraOss foi criada dentro de um modelo realmente diferente do que existe hoje no mercado. Para se ter uma ideia, o tamanho da linha de produção que estabelecemos para fazer a validação e o startup da produção é tão grande quanto o de muitas empresas que estão aí no mercado há 20 anos. Estamos falando de um volume de captação realmente robusto.

ImplantNews – Se a indústria brasileira de implantes está mesmo iniciando um novo ciclo, você se sente em desvantagem por estar entrando agora no jogo?
Ricardo – Na verdade, nos sentimos muito à vontade para disputar o mercado com as empresas que estão aí. Não avaliamos o mercado comparando os grandes e os pequenos. O que enxergamos são os rápidos e os lentos. Nós nos posicionamos de uma forma que as massas de capital não conseguem nos atingir.
Somos uma empresa jovem, mas não somos novatos. Cada um de nós, fundadores da IntraOss, acumula uma grande experiência em sua respectiva área. Por isso, acreditamos que temos uma noção muito clara do que o implantodontista procura. O mercado é o oceano, você não consegue brigar com ele. Quem não entender isso, será levado pela força das ondas. Como eu já disse, a IntraOss surgiu a partir de uma leitura que fizemos do mercado. Diante daquela oportunidade, nossa proposta foi “fazer igual, de uma forma totalmente diferente”. A IntraOss está muito à vontade no ambiente da manufatura, porque essa é a nossa vocação. Dedicamos-nos profundamente a isso e, para nos bater nesta arena, os concorrentes precisarão ser muito competentes, eu lhe garanto. Além disso, temos definido claramente que não pretendemos atuar no campo de desenvolvimento de produtos; porém, entendemos a necessidade de estudos, como o recém-lançado artigo sobre a família Titaoss e outros que estão por vir. Esse é o nosso posicionamento. Estamos aqui para produzir um implante de qualidade por um preço acessível. É isso que sabemos fazer bem feito. Quando se trata de qualidade, nós somos  completamente ortodoxos. Por isso, não acreditamos na inspeção por lote. Aqui na IntraOss, a inspeção é 100%. Isso mesmo, os implantes são examinados um a um. É nisso que  acreditamos.

Diretor industrial cuidou pessoalmente da validação dos processos. “O capitão do navio conhece a casa das máquinas”.

ImplantNews – E como vocês pretendem manter esse padrão quando o volume de produção for maior?
Ricardo – Existem no mercado empresas que fazem um implante a cada 30 segundos. Nós investimos oito minutos na lapidação de cada implante. Não queremos mudar isso, independentemente do volume de produção. Estamos seguindo a nossa crença. É evidente que, para que meu produto continue competitivo, eu preciso ser eficiente de outras formas. Mas eu jamais vou penalizar a sua qualidade. Esse é um dos pontos que eu não posso abrir mão. Nossos planos preveem uma produção robusta e eu preciso eliminar ao máximo as chances de variação na produção.
É por esse mesmo motivo, por exemplo, que só utilizamos titânio proveniente da Dynamet em nossos implantes. Trata-se do melhor e mais confiável fornecedor de metal para produtos medicinais do mundo. Evidentemente, pagamos mais caro por essa matéria-prima. Mas essa decisão vale a pena, à medida que o implante da IntraOss se torna mais confiável. Estamos sempre procurando eliminar as variáveis que podem representar algum risco para meu produto.

ImplantNews – Qual é a estrutura fabril que a IntraOss possui atualmente?
Ricardo – Hoje, nós estamos instalados em uma área de 1000 m2 em Itaquaquecetuba (SP). Nosso parque conta atualmente com cinco máquinas de tecnologia japonesa, sendo que outras cinco máquinas, que já foram adquiridas, devem chegar nos próximos meses. Nosso planejamento foi estabelecido a partir desse conjunto de dez máquinas para consolidar nossa chegada ao mercado. Por enquanto, tudo ainda é muito recente. Até o fim de 2014, pretendemos concluir o lançamento da nossa linha de produtos.
Nos próximos anos, pretendemos ampliar muito mais essa estrutura. Nossa ambição é de que, daqui a uns cinco ou seis anos, a IntraOss possua cerca de um terço do volume de máquinas operando no Brasil para a fabricação de implantes. Antigamente, as empresas começavam com uma portinha, uma máquina e um operário. Naquela época, o mercado aceitava essa situação, mesmo porque a gente sabe que a primeira geração de implantodontistas muitas vezes compensava as defi ciências do implante com o talento. Hoje, isso não funciona mais. Ao contrário da maioria das empresas, a equipe da IntraOss foi montada de cima para baixo. A empresa nasceu com o diretor industrial operando nossa primeira máquina. Na sequência, trouxemos o gerente de produção. Nossos operadores foram contratados somente depois que já tínhamos validado o processo. Aqui, o capitão do navio conhece profundamente a casa das máquinas.

ImplantNews – Uma vez que vocês já deixaram claro que não investem em desenvolvimento de novos produtos, como vocês chegaram à atual linha de implantes que vocês comercializam?
Ricardo – Sim, a nossa vocação é a manufatura. Por isso, nós temos uma metodologia para avaliar qual o produto existente no mercado possui o melhor desempenho. Depois que esse produto foi identificado, ele passa a ser a referência para a criação da nossa linha.
Todos sabem que as empresas nacionais reproduzem modelos consagrados das fabricantes internacionais. A diferença é que nós não temos problema algum em admitir isso, porque nosso posicionamento está claramente orientado no aprimoramento da manufatura. Não precisamos reinventar a roda, e fazê-la bem feita, com o mínimo de chance de erro. Acreditamos naquilo que é risco zero. Procuramos aplicar nos nossos produtos aquilo que é o mais puro possível. Por isso, trabalhamos com o melhor e mais puro titânio do mundo. Nós provavelmente somos a única empresa da área de implantes que usa, em sua sala limpa, água com nível de pureza WFI (Water For Injections) no processo de fabricação de seus produtos. Mantemos um controle rigoroso no controle de partículas do ar. Essa estrutura está muito  cima da necessária para a indústria de implantes. Seguimos padrões que nos permitiriam fabricar uma vacina, se quiséssemos.

ImplantNews – Ficamos sabendo que vocês já têm planos de vender para a Europa. Não é cedo para uma empresa tão jovem pensar no mercado exterior?
Iara Oliveira – Na verdade, não há motivo que nos impeça de realizar essa operação. É um bom mercado, há espaço e o produto será rigorosamente o mesmo. Trata-se de mais uma oportunidade de aumentar o volume de vendas. Nosso parceiro comercial europeu conhece muito bem o mercado de lá. É algo que vem efetivamente para somar em nosso negócio.
Wladimir Estanquiere – Aquele período de cinco anos que ficamos esperando pela Anvisa serviu também para que iniciássemos o processo para obter a certificação europeia. Então, realmente, estamos colhendo os frutos pelo nosso esforço lá de trás.

Publicação original:

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ESTUDO IN VITRO DA ESTABILIDADE PRIMÁRIA DE IMPLANTES COM TRÊS OU QUATRO CÂMARAS DE CORTE NO ÁPICE

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Caracterização da superfície do implante dental Titaoss

Caracterização da superfície do implante dental Titaoss

Surface characterization of Titaoss dental implant

Autor(es):
Plinio Senna
Cindy Goes Dodo
Bruno Sales Sotto-Maior
Altair Del Bel Cury
Doutorandos em Clínica Odontológica – Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Unicamp/SP.
Professor adjunto do Departamento de Prótese – Universidade Federal de Juiz de Fora/MG; Professor do curso de pós-graduação em Implantodontia – São Leopoldo Mandic/SP.
Professora titular do Departamento de Prótese e Periodontia – Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Unicamp.

Resumo

A superfície dos implantes dentais é um fator determinante para o sucesso da osseointegração, sendo caracterizada principalmente por parâmetros de rugosidade. Objetivos: caracterizar
a topografia da superfície do implante Titaoss. Material e métodos: cinco implantes Titaoss com plataforma de hexágono externo e diâmetro 4,1 mm e 13 mm de comprimento de diferentes
lotes foram analisados por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e interferometria, para avaliação da morfologia e rugosidade da superfície. Resultados: as imagens de MEV
demonstraram uma alta frequência de pequenas estruturas, que são características do tratamento de duplo ataque ácido. A quantificação numérica da rugosidade demonstrou uma altura
média das estruturas (Sa) de 0,55 ± 0,16 ?m com um incremento da área de superfície (Sdr) de 15,14 ± 3,78% e concentração de picos (Sds) de 0,102 ± 0,010/?m2. Conclusão: a
superfície do implante Titaoss apresenta microestruturas decorrentes do tratamento com duplo ataque ácido compatíveis com outros sistemas de implantes já consolidados no mercado
internacional. Estudos posteriores são necessários para comprovação clínica longitudinal do sistema.

Unitermos – Implantes dentais; Rugosidade; Tratamentos de superfície.

Abstract

The surface of dental implants, which is characterized by roughness parameters, is a key factor to determine the success of osseointegration. Objectives: to characterize the surface
topography of Titaoss dental implant. Material and methods: five implants with external hexagon connection in 4.1 mm diameter platform and length of 13 mm from different batches
were evaluated by scanning electron microscopy (SEM) and by interferometry to identify the surface morphology and quantify roughness. Results: SEM images exhibited high frequency
of short structures, which are common in dual acid-etched surfaces. The numerical analysis of roughness reported a mean height deviation of the structures (Sa) of 0.55 ± 0.16 ?m and
an increase of surface area (Sdr) of 15.14 ± 3.78% with summit concentration (Sds) of 0.102 ± 0.010/?m2. Conclusion: the Titaoss implant presented surface microstructures due to dual
acid treatment compatible with other implants already established in the international market. Further studies are necessary to ensure the long-term clinical success of this new implant
system.

Key words – Dental implants; Roughness; Surface treatments.

Introdução

A reabilitação oral com próteses implantossuportadas é atualmente a opção terapêutica preferida pela grande parte dos pacientes e dos cirurgiões-dentistas para restabelecer a função
mastigatória e a estética . O sucesso desta modalidade é dependente do fenômeno de osseointegração, onde a deposição direta de tecido ósseo na superfície do implante permite uma
adequada distribuição das forças mastigatórias para o tecido ósseo.

A topografia da superfície é considerada um dos seis fatores importantes para a osseointegração. Neste sentido, a rugosidade tem um papel principal nas etapas inicias da cicatrização ,
onde os implantes com superfícies rugosas apresentam uma melhor resposta do tecido ósseo do que aqueles com superfície apenas usinada . A rugosidade atua no sentido de facilitar
a adesão celular e estimular a proliferação e a diferenciação das células osteogênicas . Estes eventos celulares iniciais aumentam a deposição óssea na interface osso-implante e,
consequentemente, melhoram o comportamento biomecânico dos implantes.

Assim, as superfícies modificadas foram se consolidando no mercado odontológico como forma de reduzir o tempo de espera para osseointegração, reduzir a dependência da ancoragem
bicortical, e aumentar a previsibilidade dos implantes curtos, dos implantes instalados em sítios ósseos de baixa densidade e daqueles submetidos ao carregamento oclusal imediato .
Portanto, é importante que a superfície dos implantes seja caracterizada em termos de rugosidade.

Neste sentido, a interferometria é uma importante ferramenta que permite a classificação dos implantes em lisos (rugosidade menor que 0,5 ?m), minimamente rugosos (entre 0,5 e 1,0
?m), moderadamente rugosos (entre 1,0 e 2,0 ?m) e rugosos (maior que 2,0 ?m) . Dada a importância da superfície e a grande diversidade de implantes disponíveis no mercado
brasileiro, o objetivo deste estudo foi caracterizar a topografia da superfície do implante dental Titaoss.

Material e Métodos

Cinco implantes Titaoss (Intraoss, SP, Brasil) com plataforma de hexágono externo e diâmetro de 4,1 mm e 13 mm de comprimento (lotes 121000067, 121100034, 130400036, 130500037
e 130100003) foram fornecidos pelo fabricante. Os implantes foram confeccionados em titânio comercialmente puro grau 4 (lote H15342; Dynamet Incorporated, EUA), conforme
normatização internacional ASTM-F67. Como tratamento de superfície, os implantes receberam um primeiro banho com ácido nítrico seguido de tratamento com ácido sulfúrico.

A morfologia da superfície foi avaliada por microscopia eletrônica de varredura (modelo JSM5600LV; JEOL, Tóquio, Japão), e a análise quantitativa da rugosidade foi realizada por
interferometria de luz branca (NewView 7300; Zygo Corp., CT, EUA) utilizando objetiva de 50× com fator de magnificação de 0,5, permitindo uma resolução lateral de 0,44 ?m e vertical de
0,1 nm. Foram avaliados o topo (área de 0,21 × 0,08 mm), o flanco (área de 0,21 × 0,21 mm) e o vale (área de 0,21 × 0,05 mm) de três roscas de cada implante, e o valor médio foi
registrado. O filtro band-pass foi utilizado para isolar a microrrugosidade.

Os parâmetros tridimensionais de rugosidade Sa, Sdr e Sds foram computados (Scanning Probe Image Processor 5.1.8; Image Metrology A/S, Hørsholm, Dinamarca) e utilizados para descrever a topografia da superfície no vale, flanco e topo de rosca dos implantes. O Sa (equivalente ao Ra utilizado na perfilometria bidimensional) representa a média aritmética das
alturas de todas as estruturas; o Sdr expressa o aumento percentual da área de superfície promovido pela rugosidade; e o Sds caracteriza a concentração de picos na superfície
(estruturas mais altas que aquelas do seu entorno) . Os dados foram submetidos à análise de variância, e as médias de cada região foram comparadas entre si pelo teste Tukey,
considerando um nível de significância de 5%.

Resultados

As imagens de MEV demonstraram um perfil de rosca trapezoidal (Figura 1) com uma alta frequência de pequenas estruturas na superfície, as quais são características do tratamento de
duplo ataque ácido (Figura 2).

Discussão

O presente estudo buscou caracterizar pela primeira vez a morfologia da superfície do implante Titaoss por meio de MEV e interferometria. Embora o ataque ácido possa ser utilizado de
forma isolada como tratamento de superfície, a utilização de dois tratamentos ácidos distintos é interessante para a morfologia da superfície . No primeiro banho ácido, as soluções
ácidas concentradas em altas temperaturas removem a camada superficial, enquanto o segundo ataque ácido tem a função principal de estabilizar a camada superficial de óxido e criar as
microestruturas . A vantagem deste método frente aos outros comumente utilizados é que evita a possibilidade de contaminação da superfície por partículas abrasivas ou a delaminação
da camada anodizada .

As estruturas criadas na superfície pelo duplo ataque ácido possuem baixa altura e alta frequência, as quais favorecem a deposição óssea na interface . No presente estudo, o implante
Titaoss apresentou um valor médio para o Sa de 0,55 ± 0,16 ?m, o qual se encontra compatível aos valores previamente reportados de 0,66 ± 0,05 ?m e 0,55 ± 0,09 ?m para os implantes
Osseotite (Biomet 3i, FL, EUA) e Porous (Conexão, SP, Brasil), respectivamente, que também recebem tratamento ácido . As microcavidades presentes na superfície são estruturas de
baixa altura e alta frequência, sendo classificado como um implante de superfície minimamente rugosa .

O aumento relativo da área de superfície (Sdr) do implante Titaoss gerado pela rugosidade foi de 15,14 ± 3,78%, o qual é menor que os valores previamente reportados de 26,80 ± 4,02%
e 42,83 ± 22,41% para os implantes Osseotite e Porous, respectivamente . No entanto, este parâmetro não é utilizado como critério de classificação . Apesar da concentração de picos
(Sds) ser uma importante característica de superfície, ainda não há evidências do seu papel na resposta tecidual.

Diversos métodos de modificação da superfície são possíveis e cada fabricante utiliza suas próprias técnicas, resultando em características de superfície distintas. No sentido de
comparar as superfícies, as imagens de MEV são bastante ilustrativas para avaliar a morfologia. No entanto, não permitem uma quantificação numérica das estruturas presentes na
superfície e torna as comparações essencialmente subjetivas . Assim, a interferometria torna-se um método efetivo para avaliar a superfície dos implantes dentais, a qual deveria ser
utilizada rotineiramente como método de controle do processo industrial.

Vale lembrar que a macrogeometria e a própria liga utilizada nos implantes também influenciam a sua rugosidade , refletindo também em diferentes respostas do tecido ósseo. A
rugosidade é apenas um dos fatores determinantes para o sucesso da osseointegração; assim, as informações a respeito das características de superfície devem ser combinadas com
resultados de estudos clínicos longitudinais, para fundamentar a escolha de um sistema de implantes pelo clínico.

Conclusão

A superfície do implante Titaoss apresenta microestruturas decorrentes do tratamento com duplo ataque ácido compatíveis com outros sistemas de implantes já consolidados no mercado
internacional. Estudos posteriores são necessários para comprovação clínica longitudinal do sistema.

Nota de esclarecimento
Nós, os autores deste trabalho, não recebemos apoio financeiro para pesquisa dado por organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho. Nós, ou os membros de nossas famílias, não
recebemos honorários de consultoria ou fomos pagos como avaliadores por organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho, não possuímos ações ou investimentos em organizações
que também possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho. Não recebemos honorários de apresentações vindos de organizações que com fins lucrativos possam ter ganho ou perda com a
publicação deste trabalho, não estamos empregados pela entidade comercial que patrocinou o estudo e também não possuímos patentes ou royalties, nem trabalhamos como testemunha especializada, ou
realizamos atividades para uma entidade com interesse financeiro nesta área.
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Macroengenharia dos implantes

VOCÊ SABIA QUE… 

A forma externa dos implantes e o desenho das roscas interferem na indicação para a instalação dos mesmos. O corpo dos implantes podem ser cônicos ou cilíndricos. Assim, existem implantes que estão indicados para áreas de osso mais denso (tipos I e II) e para áreas de osso menos denso (tipos III e IV). Além disso, o desenho do implante também interfere na sua utilização para alvéolos frescos ou alveólos cicatrizados Como a estabilidade primária (que é determinada pelo torque de instalação do implante) é um fator muito forte no sucesso dos mesmos, a seleção do melhor desenho para cada caso é certamente uma das chaves do sucesso para os seus casos.

 

E você, prefere trabalhar com osso mais denso e implantes cilíndricos ou osso mais “macio” e implantes cônicos?
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Wagner Baratella: A Resolução Protética É A Etapa Mais Difícil Do Implante

Para que pudesse garantir aos seus pacientes o reaproveitamento dos implantes com segurança e qualidade, era preciso
encontrar uma empresa  que fornecesse componentes com exclusividade, com encaixe perfeito, adaptação e precisão das  peças. Mais não era só isso. Reaproveitar os  implantes exige – em 100% dos casos – a capacidade de apresentar soluções.
“Welmer Antunes, que é o engenheiro da MICROPLANT, durante  todos esses anos de parceria, tem garantido soluções
espetaculares. Trabalhando com a MICROPLANT eu tenho conseguido soluções protéticas  melhores para meus casos mais
difíceis”, conta Baratella.

O cirurgião dentista é procurado por pacientes com sistemas de implantes muito antigos, como o Tissue Functional (TF),  colocados muitas vezes  em condição de difícil resolução protética porque os materiais de enxertia não eram tão avançados
como hoje, dificultando a instalação dos  implantes para uma situação protética ideal.

 O consultório do Dr. Wagner Baratella fica na Rua Cantagalo, 74, 15º andar, cj 1509/1510, Tatuapé, São Paulo.